Redes Antisociais

A Internet é um negócio interessante. Ela cria emoções, desenvolve sensações, paixões, sentimentos de toda natureza. Mas antes mesmo que possamos saber o que ela pode nos proporcionar de bom, é interessante que todos tenhamos noções mínimas de interpretação de textos, pois cada um faz uma leitura, e a ambiguidade pode trazer certos problemas, que poderão ser muito mais difíceis de solucionar do que os que temos em nossos relacionamentos digamos "presenciais".

Fazendo um paralelo com a nossa vida comum, o exercício de "adicionar pessoas" parece nos dar uma pseudo-sensação de que somos queridos, de que conhecemos várias pessoas, ou que várias pessoas nos conhecem e até mesmo, de que somos populares. Em nossas atividades em grupo, tiramos fotos, e nos comportamos como celebridades - e isso não é condenável, somos celebridades no palco das nossas próprias vidas!

Já o exercício de "deletar pessoas" podemos comparar com a morte. Quando deleta alguém, é como se fizesse o papel de Deus e assumisse um certo "controle" sobre ter ou não ter alguma pessoa por perto - é uma espécie de "homicídio virtual". Em nossa vida real, se pudéssemos simplesmente "apagar" a pessoa dos nossos relacionamentos, ou "eliminá-la", como fazemos com um só clique em nossas redes sociais, seria muito prático. Evitaríamos ter que, vez ou outra, encontrar aquele desafeto - porque realmente é chato encontrá-lo em nossos caminhos. Por isso, a eliminação funciona como um "game over" para o escolhido. Vacilou, dançou.

Por isso sou muito cuidadosa com quem incluo em minhas redes sociais. Procuro observar se a pessoa faz parte do meu círculo de amizades próximo, ou se ao menos, pode vir a fazer. Caso contrário, a adição não será interessante, uma vez que faltarão assuntos em comum. E ainda assim, vez ou outra surpreendo-me apagando ou sendo apagada das listas dos meus "amigos", rs!

Não vou esquentar a cabeça com quem me apaga de alguma rede. Melhor assim, do que, me perdoem o trocadilho, que me "apaguem" de verdade.. E vou seguindo aqui, com amigos fieis, com quem mantenho um relacionamento saudável de acordos e discordâncias, pois somos seres humanos diferentes e temos opiniões diferentes, graças a Deus. E amigo que é amigo de verdade, não leva tudo a ferro e fogo.

Abraços...

Resiliência.

Aprendi um termo novo essa semana, e estou aprendendo a falar sobre ele: chama-se RESILIÊNCIA. 
Segundo a Wikipédia, "a psicologia tomou essa imagem emprestada da física, definindo resiliência como a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse, etc. - sem entrar em surto psicológico. No entanto, Job (2003) que estudou a resiliência em organizações argumenta que a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém se depara com um contexto de tomada de decisão entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Tais conquistas, face essas decisões, propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano, condições para enfrentar e superar problemas e adversidades."

Isso é muito bom! É a palavra perfeita para definir que todos nós temos que superar as adversidades e transpor os obstáculos se quisermos ser felizes de fato.

Sendo assim, considero que em minha vida sempre busquei ser uma pessoa "resiliente". Sempre fui muito positiva, muito otimista e muito corajosa. No entanto, acho que o tempo foi passando e embaçando as lentes cor-de-rosa dos meus óculos, as peninhas das minhas asinhas foram caindo até deixar meus pezinhos completamente no chão. É complicado falar sobre isso, cada dia que passa sinto-me mais realista e pior, mais pessimista com relação ao futuro.

Futuro? Que futuro? Não estou com muita paciência para pensar sobre isso. Será efeito colateral de quem está deixando a resiliência de lado de uma vez por todas? Sinto-me frágil, idiotizada pelo medo, com receio até de conversar com algumas pessoas. Sinto que não estou dando tudo de mim e não faço questão disso, a acomodação é mais prática e menos violenta, não choca ninguém, não incomoda, não atrapalha, e não vai doer. Foram tantos os tombos que acho que estou cansando de levantar e cair, levantar e cair, dessa vez sinto que estou no chão de um jeito impossível de levantar-me.

Será efeito da depressão? Certeza que sim. Desde que me deparei com ela, é cada vez mais difícil não encontrá-la nas esquinas por onde quer que eu passe. E qualquer tropeço, é como se caisse numa imensa piscina, cheia dela, mergulhando e me afogando até encontrar alguma coisa que funcione como boia pra voltar à superfície.

Na teoria, as coisas sempre são fáceis: "faça isso", "faça aquilo", pra fugir dela, a "malvada" depressão que deprime e que gera um certo "incômodo" em todos à nossa volta. Mas na prática, o que se percebe é que não há muito o que fazer, quando se menos espera vem um banho de água fria que te empurra mais pra baixo ainda.

Ninguém se deprime porque quer. Fora que o tratamento é caro, infelizmente a química ainda consegue produzir mais resultados positivos do que o simples "pensar positivo".

Não estou sendo resiliente, nem um pouco. E nem sei mais como sê-lo. Mas recomendo a qualquer pessoa que tenha algum amor à vida, por favor, por mim, pelos seus e pelo seu próprio bem, aprenda a ser resiliente. 

Abraços.