RUMOS

Para quem me conhece bem, sabe que eu não acredito em "ter sonhos". Para mim, sonho é todo tipo de pensamento que você tem enquanto está dormindo, e entra no âmbito do desapego, da loucura, da utopia, da psicodelia ou até mesmo, da premonição. Jamais (digo isso com a propriedade de quem está vendo as duas mãos escrevendo de uma só vez) direi que estou “sonhando” quando quero dizer que irei ter algo, ou realizar algo. Isso não faz mais parte da minha personalidade.

Há muito tempo, acreditei em “sonhos”. Disseram-me que se eu sonhasse, que se acreditasse em algo com força, que isso iria se realizar. Lógico que esse “acreditar” não passaria pela simples fé, obviamente teria que se fazer alguns esforços para transformar esses tais “sonhos” em realidade.

E não me dei por rogada. Corri atrás de todos eles. Mas eles escaparam pelas minhas mãos...

E passei a ter objetivos. Forneci ao cérebro ordens concretas para transpor quaisquer obstáculos que surgissem, a fim de que toda e qualquer atitude empenhada fosse efetuada para atingir estes objetivos. E assim fui conseguindo materializar uma série de pequenos e grandes objetivos, e ao olhar para trás, sinto que obtive muito mais resultados.

Mas... E agora?

Estou me sentindo no meio de uma encruzilhada, com plaquinhas para caminhos diferentes, só que nenhuma dessas placas informa o destino para o qual corresponde.

De uns tempos pra cá, meus objetivos não têm se concretizado. Deverei agora, trocar de objetivos, pois estes tiveram seus prazos de validade vencidos?

Que tipo de objetivos preciso traçar agora?

Grandes, pequenos, a longo, médio, ou curto prazos?

Sei que devo tomar cuidado para não transferir para mim, objetivos que foram traçados por outras pessoas (osmose social). Sinto que não será melhor pra mim “copiar” ideias ou ideais de vida. Já percebi que minha vida foge dos padrões estabelecidos pela sociedade, algo acontece comigo que não me encaixo na maioria deles.

E o que fazer então?

(Vou terminar com essa dúvida, e ainda tratar disso mais adiante, quem sabe eu descubro a resposta.)

ATRAÇÃO

ELEITORAIS

Todo este  momento eleitoral consiste em um processo seletivo bastante complexo, em que escolheremos, por meio do voto, os nossos governantes, ou seja, aqueles que irão gerenciar a nossa “máquina pública”. Diferentemente de um processo seletivo em que, como "chefes", recrutamos ou selecionamos funcionários, pela ação de ELEGER, os nossos futuros “chefes” é quem serão os escolhidos. Paradoxal, não? Mas a administração do Estado funciona assim. E as eleições refletem quão importante para nós é o ato da reflexão para a maior de todas as ações democráticas.
 
Mesmo assim, brasileiros indignam-se com a corrupção em todas as esferas da política, e por conseguinte reclamam pelo mau uso do dinheiro público, do descaso dos governos com relação a setores essenciais, da má distribuição de recursos, das políticas escassas voltadas para as minorias e para grupos específicos da sociedade, como aposentados, homossexuais, deficientes, negros, etc. Mas não colocam essas questões no topo das preocupações na hora de votar. Lembram-se somente de suas próprias questões e em uma primeira oportunidade, defendem seus grupos específicos, esquecendo-se que a sociedade é um todo comum, que deve ter políticas igualitárias.
 
E mais 4 anos se passarão, com reclamações e mais reclamações. 

Independentemente do resultado das eleições para presidente ou governador, a única coisa que nos vai restar é a certeza de que o brasileiro ainda não sabe votar, por não saber julgar com base em fatos e experiências. Julga e vota a partir de boatos e especulações, o que é lamentável. E não está preparado para o "Ficha Limpa", que na teoria funcionou muito bem, mas na prática foi um fiasco, desde o momento da sua elaboração.
 
Infelizmente, seriedade e competência não são palavras levadas em consideração na hora mais importante: a hora do VOTO.

RODA VIVA

Não há como negar que a vida é uma caixinha de surpresas... E a cada dia ela me surpreende um pouco mais.

"Não há como lutar contra as circunstâncias. O que está escrito, está escrito. Quando decidimos vir para esta terra, escolhemos nosso caminho e todas as adversidades que teremos que enfrentar. Antes mesmo de nascer, projetamos nossas vidas."

Isso é o que reza a cartilha de todos que como eu, acreditam na doutrina espírita e a seguem como filosofia de vida. Verdade seja dita, não é fácil suportar todas as durezas da vida e resignar-se com isso, mas toda a nossa trajetória já foi desenhada por um Ser Superior que sabe de todas as coisas. Se hoje as circunstâncias não estão sendo boas, outrora serão, é a lei da vida, é a lei do carma. Cada qual com suas penalidades, ou resgates, ou ainda com suas bonanças, suas bem-aventuranças. 
Como diz a música "Roda Viva" de Chico Buarque, a vida acontece dessa forma mesmo: uma hora você está por baixo, outra hora você está por cima na roda viva da vida, pois tudo na vida é cíclico, nada dura para sempre. Alguns tem a "sorte" de terem suas alegrias prolongadas por mais tempo que outros. Já a tal "sorte" não é igual a todos. Às vezes ela vem em doses de conta-gotas... Resta-nos aproveitar esses pequenos momentos de iluminação e sorrir com eles.

Nadar contra a maré é uma opção valente, um feito digno dos guerreiros... Mudar o próprio destino é para um em um milhão. Ainda sabendo que tudo acontece por desejo e desígnio do Criador, devemos nos resignar diante das frustrações, e nos contentar com essa pouca sorte que nos é proporcionada vez em quando? Porque é certo que se hoje a situação não está tão boa, ela irá melhorar um dia desses, não é? É certo também que não vamos ficar sentados, esperando as coisas melhorarem... (E tem horas que as coisas demoram tanto a melhorar...) 

São tantas as contradições as quais me deparo... Tantas as reticências... Perguntas sem respostas... Cá ficarei eu, em meio às minhas dúvidas, confiante nas "proezas" que me são reservadas pelo Ser Supremo desse imenso Universo.