Ele não mentiu. Quando disse que jamais iria dizer adeus, estava dizendo a verdade. Não teve tempo para isso. O ícone Michael Jackson nos deixou na última 5ª feira, dia 25/06/09. Partida súbita e na minha opinião, um tanto quanto obscura para um astro que teve a vida inteira destrinchada pelas câmeras.
Não vou me prolongar dizendo coisas que todos já disseram nos milhares de documentários exibidos na TV e pela Internet. Mas é impossível não comentar sobre o que fez o Rei do Pop ser tão importante em minha vida, a ponto de merecer um registro.
Como todos da minha faixa etária, cresci ouvindo os clássicos dos Jackson 5 nas festinhas, bailinhos e nos LPs (em vinil) que alguns vizinhos mais abastados possuíam. Era uma febre, tinha que tocar alguma coisa, senão a festa não era festa!!! Quando criança, junto com minha turminha de amigos, imitava algumas das coreografias dos sucessos do momento. Lembro-me como hoje quando assistíamos aos desenhos da família Jackson, com Michael e seu ratinho, Ben, das suas confusões, das lindas e inesquecíveis canções.
Tanto eu, que era criança, como meus irmãos, que eram adolescentes, adorávamos assistir aos clipes de MJ, que eram cada vez mais trabalhados, cheios de efeitos especiais e com músicas pra lá de contagiantes. Se ouvíamos falar que um novo clipe de MJ ia passar na TV em algum programa, nos preparávamos ansiosos pra assistir, pois era de praxe um novo clipe ser melhor que o anterior. Quando vi Thriller, então, foi um marco: foi o primeiro "filme" (ainda que em curta metragem) de terror que assisti em minha vida! Talvez tenha sido esse o ponto de partida para o meu interesse nesse gênero.
Como não lembrar do ciúme de um vizinho com seu LP "Bad" novinho e emprestado para nós, que só queríamos ouví-lo um pouco em nossa radiolinha? Como esquecer que tantos e tantos colegas queriam imitar Michael, dançando como ele na hora do intervalo da escola, fazendo o que ele fazia, vestindo o que ele vestia? Era notório que uma legião de negros passou a ter mais orgulho da sua raça, da sua cor, devido à ação de um cara que levou a black music ao seu ponto mais alto. E era mais notório ainda que brancos e negros gostavam da mistura multiracial resultante dessa paixão pela música de MJ.
Mais importante que seus problemas, vale lembrar também que "We are the world" rendeu à campanha USA for Africa a quantia de US$ 200,000,000 (duzentos milhões de dólares) para esse continente, quebrando as barreiras da caridade ao redor de todo o mundo e em especial, promovendo a reunião de cantores e atores, famosos e "na sombra", brancos e negros, em favor de uma causa nobilíssima. Tudo partindo de uma idéia simples e altamente generosa de um homem que não queria ser adulto, mas nem por isso deixava de assumir responsabilidades com dignidade e com a força de um guerreiro.
Cantor, coreógrafo, roteirista, produtor, revolucionário, tímido, infantil, esquisito, descontrolado... A despeito dos seus exageros e da sua mente perturbada de uma criança que não soube o que era infância, ou seja lá como for, devemos lembrar que Jackson foi muito mais que isso: foi um ser humano que trabalhou para e pelo bem, pois era acima de tudo bom , preocupado com as questões sociais e com o próximo de uma maneira geral. Dessa forma, considero que está além da hipocrisia que existe em nossa sociedade, que julga negativamente uma pessoa que fez várias coisas boas por algo que supostamente tenha feito de errado.
Com sua partida, sinto que a música perde o seu artista mais exemplar, mais criativo, mais cheio de energia e atitude de todos os tempos. Trabalhou doente, com a meta de manter o show da própria vida. E ele fará muita falta. Mas tem garantidos os seus créditos num lugar muito melhor que aqui, onde estrelas como ele brilham eternamente.
Estarei orando por você, Michael. But, "The show must go on"...
Não vou me prolongar dizendo coisas que todos já disseram nos milhares de documentários exibidos na TV e pela Internet. Mas é impossível não comentar sobre o que fez o Rei do Pop ser tão importante em minha vida, a ponto de merecer um registro.
Como todos da minha faixa etária, cresci ouvindo os clássicos dos Jackson 5 nas festinhas, bailinhos e nos LPs (em vinil) que alguns vizinhos mais abastados possuíam. Era uma febre, tinha que tocar alguma coisa, senão a festa não era festa!!! Quando criança, junto com minha turminha de amigos, imitava algumas das coreografias dos sucessos do momento. Lembro-me como hoje quando assistíamos aos desenhos da família Jackson, com Michael e seu ratinho, Ben, das suas confusões, das lindas e inesquecíveis canções.
Tanto eu, que era criança, como meus irmãos, que eram adolescentes, adorávamos assistir aos clipes de MJ, que eram cada vez mais trabalhados, cheios de efeitos especiais e com músicas pra lá de contagiantes. Se ouvíamos falar que um novo clipe de MJ ia passar na TV em algum programa, nos preparávamos ansiosos pra assistir, pois era de praxe um novo clipe ser melhor que o anterior. Quando vi Thriller, então, foi um marco: foi o primeiro "filme" (ainda que em curta metragem) de terror que assisti em minha vida! Talvez tenha sido esse o ponto de partida para o meu interesse nesse gênero.
Como não lembrar do ciúme de um vizinho com seu LP "Bad" novinho e emprestado para nós, que só queríamos ouví-lo um pouco em nossa radiolinha? Como esquecer que tantos e tantos colegas queriam imitar Michael, dançando como ele na hora do intervalo da escola, fazendo o que ele fazia, vestindo o que ele vestia? Era notório que uma legião de negros passou a ter mais orgulho da sua raça, da sua cor, devido à ação de um cara que levou a black music ao seu ponto mais alto. E era mais notório ainda que brancos e negros gostavam da mistura multiracial resultante dessa paixão pela música de MJ.
Mais importante que seus problemas, vale lembrar também que "We are the world" rendeu à campanha USA for Africa a quantia de US$ 200,000,000 (duzentos milhões de dólares) para esse continente, quebrando as barreiras da caridade ao redor de todo o mundo e em especial, promovendo a reunião de cantores e atores, famosos e "na sombra", brancos e negros, em favor de uma causa nobilíssima. Tudo partindo de uma idéia simples e altamente generosa de um homem que não queria ser adulto, mas nem por isso deixava de assumir responsabilidades com dignidade e com a força de um guerreiro.
Cantor, coreógrafo, roteirista, produtor, revolucionário, tímido, infantil, esquisito, descontrolado... A despeito dos seus exageros e da sua mente perturbada de uma criança que não soube o que era infância, ou seja lá como for, devemos lembrar que Jackson foi muito mais que isso: foi um ser humano que trabalhou para e pelo bem, pois era acima de tudo bom , preocupado com as questões sociais e com o próximo de uma maneira geral. Dessa forma, considero que está além da hipocrisia que existe em nossa sociedade, que julga negativamente uma pessoa que fez várias coisas boas por algo que supostamente tenha feito de errado.
Com sua partida, sinto que a música perde o seu artista mais exemplar, mais criativo, mais cheio de energia e atitude de todos os tempos. Trabalhou doente, com a meta de manter o show da própria vida. E ele fará muita falta. Mas tem garantidos os seus créditos num lugar muito melhor que aqui, onde estrelas como ele brilham eternamente.
Estarei orando por você, Michael. But, "The show must go on"...
Amei o texto! Sua homenagem ficou linda!
ResponderExcluirO preço que ele pagou só não foi mais alto que o talento que ele tinha. Artista mais que completo: compunha, cantava e dançava como ninguém. Vai ficar na história.
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