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Tá na moda assumir a própria sexualidade. Essa semana vários artistas de renome resolveram declarar ao mundo seu gosto por "meninos ou meninas", ou ainda por ambos. Melhor assim. Mas antigamente era mais fácil: nascia-se menino ou menina, e pronto. E mamãe e papai só tinham uma preocupação muito séria: comprar roupas azuis ou cor-de-rosa, ou mesmo se iam comprar carrinhos ou bonecas... 

Até hoje, não há como evitar a angústia do casal para saber, o quanto antes, qual será o sexo da criança. No entanto, papais e mamães modernos têm preocupações um pouco mais dramáticas: vêem seus filhos nascerem com este ou aquele gênero (masculino ou feminino), porém, dos 5 aos 7 anos, passam a perceber se estes demonstram comportamentos "assemelhados" aos de quem tem hábitos hetero ou homossexuais. É mais delicado, parte de uma profunda análise que ultrapassa conhecer apenas as características físicas. Enfim, ser pai e mãe nos dias de hoje necessita obter profundos conhecimentos científicos, filosóficos e com certeza, psicológicos.

Não basta mais ser só pai ou mãe. Antigamente, as futuras mamães e até papais só liam sobre cuidados com o bebê e coisas relacionadas. Hoje em dia, os futuros progenitores devem possuir domínio técnico e informações sobre direitos humanos e obrigações constitucionais a todos os cidadãos independente de sexo, etnia, opção sexual, blá blá blá, têm que ter conhecimento especializado sobre temas relacionados à formação da identidade do ser humano, interferências sociais no desenvolvimento da identidade, bullying, pedofilia,  homofobia, semitismo, preconceitos, etc, etc.

Mais que "culpar nossos pais por tudo" como na canção Pais e Filhos do Legião Urbana, devemos reconhecer que além de importante, atuar como pai ou mãe hoje em dia é uma tarefa controversa, que exige muito mais do que simplesmente dedicação e amor...

Um abraço a todos. 
***Nice***