Felinos


Desde que adotei a Scarlet (minha gatinha branca de lindos olhos verde-água, de um mês), a vida aqui em casa tem mudado um pouco. O Smeagol, o mais velho, aos seus quatro anos de idade andava muito reclamão, barulhento, explosivo, dengoso demais, fazia coisas que só os bebês fazem... E na chegada da "irmãzinha" ele ficou mais quieto, na dele, sorumbático, silencioso. Ele definitivamente deixou de ser "o bebêzinho da mamãe" e tornou-se "o bebêzão". De repente, tudo que era só pra ele, passou a ser dele e de mais alguém... Até os potinhos de comida e água, a caixinha de areia... Especialmente eu e meu marido. Agora os nossos olhos não estavam voltados exclusivamente pra ele. E isso foi um choque.

Quando Scarlet chegou em casa, o estranhamento entre os dois foi mútuo. Porém, os dias foram se passando, a convivência foi aproximando-os. E hoje até dormir juntos na mesma caminha eles dormem, e isso é ótimo, porque não preciso me preocupar com brigas e malvadezas que por ventura o Smeagol faria com a pequena Scarlet, na disputa por território e principalmente, pelo carinho de "papai e mamãe".

Outro dia, um gato da vizinhança entrou no quintal, e o Smeagol, para proteger a irmã e a casa, o enfrentou com bravura, unhas e dentes. Este outro gato saiu-se mal, pois o que sobrou de pêlos dele no lote... Dava pra fazer outro gato.

O Smeagol já aprendeu que, na disputa por espaço, não adianta tentar querer chamar mais atenção, ou ficar em um canto, quieto, como se ignorasse a todos. Ele sabe que é difícil competir, ainda mais com um bebê fofo e encantador como a Scarlet, pois ele mesmo se encantou por ela. Então ele se preserva mais, reclama menos, está mais sério - é verdade que de vez em quando quer chamar atenção, como quando insiste em não usar a caixa de areia ou dá uma de "bebêzinho reclamão". Mas são coisas simples que só o tempo - espero - irá resolver.

Organizing


Hoje passei o dia inteiro editando esse blog. Colocando uma besteirinha aqui, outra ali, e ainda quero colocar outras mais. Bem, a essa hora, o traseiro dói, os gatos já dormiram tudo que tinham que dormir, já assisti - ainda que de rabo de olho - a toda a programação da TV a cabo e da TV aberta, enfim, tudo que eu fiz hoje foi simplesmente ficar aqui, em frente ao note, pensando e pensando coisas muito úteis como "onde vou colocar isso", ou "de que cor fica melhor aquilo"... Aaah... Isso cansa. Mas o resultado é ótimo, muito bom.

Mesmo detestando programar, às vezes me vejo obrigada a mexer com os tais códigos-fonte, pra que o negócio funcione direitinho.
Seria tão bom se pudéssemos mexer nos códigos das nossas vidas pra poder organizar tudo e ficar tudo bonitinho, certinho... Porque a gente erra tanto... Devia existir um botãozinho "Exibir -> código-fonte", pra que pudéssemos tirar as coisas inúteis do nosso programa existencial! Ou ao menos para evitar que a cada "bad block" ou "server error" que surgisse nós pudéssemos corrigir tudo tranquilamente, sem traumas.

Alguns dirão: "mas errar e passar por coisas não tão legais faz parte do nosso processo de crescimento".


Eu prefiro ficar pequenininha...

Insigths


Estranho,

Ontem eu tive a nítida sensação de estar ouvindo alguém que não era eu. Eu não estava pensando em nada, e de repente veio um pensamento na cabeça tão forte, parecia alguém falando no meu ouvido. Pra quem acredita, talvez tenha sido o "Anjo da Guarda". Pra outros, talvez tenha sido "a voz da consciência". Ou ainda em outras opiniões, foi só um pensamento, mais nada.

A tal "voz" dizia: "Tome as rédeas da sua vida".

Eu posso estar ficando biruta (?!), mas essa frase não é coisa da minha cabeça. Ainda tô muito deprê pra pensar nisso assim, dessa forma, tão incisiva como veio esse pensamento.

Faz tempo que eu pendurei as rédeas do cavalinho da minha vida... Mas que é uma boa idéia, isso é.

Está na hora de começar a treinar o "arregaçar de mangas" novamente.

Retorno


Como é difícil retornar... Retornar pra casa quando se esquece a chave do armário do trabalho, retornar à pessoa que você sem querer ofendeu e pedir desculpas, retornar porque errou o caminho que você pegou... Bem, a volta exige uma certa dose de paciência e muita coragem.

Eu estou ensaiando um retorno ao meu trabalho. Desde o início da minha licença médica, em Março, eu penso nas vezes em que pensei em retornar ao meu caminho normal, de trabalhar, cansar, dormir, acordar e voltar ao trabalho novamente. Mas é difícil. Não estou conseguindo executar esse gesto simples, da rotina, do fazer o de sempre como sempre fiz. E isso me deixa sentir um tanto quanto incompetente, mas... Se eu não consigo... Vou fazer o quê? Não dá pra trabalhar sem vontade, se entregar sem vontade, ter vontade sem vontade. Sinto muito pra mim. Esse momento de "não-retorno" vai servir pra que eu reorganize os meus caminhos mentais, e retorne, se for o caso.

Estou com a tarefa não tão fácil de voltar a produzir meu blog novamente, periodicamente, numa meta de chegar ao diariamente. Espero vencer esse desafio, e trazer muitas coisas bacanas para quem chegar até aqui.

Não tenho a meta de fazer algo que atinja as multidões, mas preciso desse espaço para registrar o que eu sinto, de uma forma que pessoas que sentem o mesmo se identifiquem e assim, troquemos idéias. Tomara que eu consiga!

Espero tornar a ser feliz nesse espaço. E espero que você seja feliz comigo!

Um abraço a todos...
***Nice***